sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Aos meus colegas e professores um pouco de mim...

"Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje...
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim."

Li esse parágrafo em algum lugar... Sabe, sou assim também, gosto de gente assim e acho que é de gente assim que Deus também gosta.

Hoje me peguei pensando na efemeridade desta nossa vida... Sei lá por quê. Graças a Deus ninguém morreu pra me inspirar pensamentos tão profundos! Quer dizer, morreu a Eloá e naquele dia fiquei tão deprimido, vendo quanta vida foi desperdiçada, quanto ato de desamor disfarçado de amor. É que a gente vai vivendo dia após dia, presenciando gente destruindo suas vidas com atos insanos como esse, com drogas, com mesquinhez, com pobreza de espírito, com falta de cultura, falta do que fazer, falta de um objetivo na vida, falta de amor por si e pelo outro, falta de fé e temor a Deus. Tanta futilidade, tanta descrença, tanta desesperança, que não tem como não refletirmos sobre nossas próprias vidas, nosso próprios atos, nossas escolhas, nossos erros, nossos acertos.

Hoje conto 31 anos de idade. Destes, pelo menos 28 passei preso a paradigmas que eu mesmo criei, julgando pessoas que não pensavam ou agiam conforme minha idéia de certo e errado. Me comportando de acordo com o que esperavam de mim, interpretando papéis, repetindo frases feitas, sendo pertinente e predestinado, um permanente e irritante sorriso falso que já não convencia nem a mim mesmo. E se a vida não tivesse me dado uma rasteira (quer dizer, duas rasteiras, ou melhor três!) - Acorda, homem! - talvez eu fosse assim até hoje.

Mas aí o tempo passa, a gente cresce (alguns, como eu, só crescem já adultos) e de repente, quando todas as nossas verdades, quando tudo aquilo que julgávamos eterno, inquebrável e imortal se desfaz sem nenhuma explicação, sem aviso prévio, aí a gente começa a ver o que realmente importa. Percebemos que não somos nada além de velas acesas ao vento, viajantes transitórios dessa frágil vida. É piscar os olhos e puft!, acabou-se o que era doce!

Estou aqui escrevendo para alguns que me aturam neste blog que se propunha apenas ser de divagações do direito, mas sou gente. Não sou apenas poeira, eu sou a essência da construção de Deus no mundo e vivo assim com um clandestino errante em busca do eterno.

Hoje eu amo muito mais e melhor, trabalho muito mais e mais feliz. Hoje sei que ninguém é de ninguém, que nada é para sempre e que não somos imortais. E essa finitude de todas as coisas mantem sempre meus dois pés no chão. Perdi muito nessa vida, mas ganhei muito mais. Ganhei tarimba, traquejo. Ganhei escolhas. Ganhei brilho no olhar, viço na pele. E é isso que mantém a chama da minha vela acesa.

Um comentário:

Anônimo disse...

vc é incrivel. uma essência linda
beijos intermináveis